Como dito anteriormente, na última segunda feira, o LabDimus abriu a portas para receber educadores em museus da Bahia interessados em discutir o Documento Preliminar do PNEM. A seguir, segue a relatoria do encontro com as discussões feitas. Dúvidas, questionamentos, sugestões estão presentes nesse relato.
Lembrando que você também pode contribuir. Acesso o documento (Documento Preliminar), leia, envie suas dúvidas e questões por email, pelo blog ou pelo Facebook. E não esqueça que no dia 28/04, às 9h, temos um encontro marcado no Museu Eugênio Teixeira Leal.
REM/BA discute PNEM
LOCAL:
LABDIMUS – Casa 39, subsolo, Praça das Artes, Centro Histórico – Salvador/BA
DATA: 31
de março de 2014 – das 9h ás 17h.
RELATO
DO ENCONTRO:
Iniciamos o encontro dando
sequência as seguintes atividades:
- Apresentação da Rede de
Educadores em Museus da Bahia, convidando os presentes não membros a se
juntarem a Rede;
- Apresentação da
metodologia proposta para discussão do PNEM neste dia. Pretendíamos fazer a
leitura conjunta da apresentação do Documento Preliminar, do texto de apoio de
Luciana Martins, do Glossário e do primeiro GT, após este momento, dividíramos
em grupos para discussão dos demais GT’s de acordo com o número de presentes.
Pelo pouco número de participantes, seguimos o dia de forma conjunta.
- Após a leitura da Apresentação
e do Texto de Apoio, tivemos acordo que o mais adequado para este momento era a
criação de uma POLÍTICA. Depois nos detivemos à discussão de termo por termo do
Glossário, uma vez que, na apresentação foi deixado claro que estes foram os
principais termos propostos no fórum de discussão virtual e destacados para
melhor compreensão do documento.
Segue abaixo os apontamentos
feitos, item por item do Glossário:
- Acessibilidade Física:
DÚVIDA: o que pode-se
entender por equipamento urbano?
- Acessibilidade
Universal:
OK! Iniciamos algumas
discussões, mas preferimos adiar as propostas levantadas para o GT específico
de Acessibilidade.
- Ação Educativa:
OK! A ser complementado com
exemplos de atividades educativas.
- Atividade Educativa:
Causou polêmica, pelo entendimento e
discernimento entre “ação educativa” e “atividade educativa”. Por fim, o grupo
propôs a retirada do conceito de atividade educativa do Glossário e a inserção
no conceito de “Ação Educativa”, como exemplificação. Complementando o conceito anterior, seguiria
após o fragmento do texto de Maria Célia Santos:
“A ação educativa é realizada por meio de atividades socioculturais e educativas que podem ser através de
projetos, ações continuadas, esporádicas, realizadas por meio de demandas e de
forma pontual.”
- Audiodescrição:
OK!
- Barreiras Atitudinais:
OK!
- Comunidade:
O grupo acordou que a
definição de comunidade utilizada no glossário satisfaz o entendimento dos
presentes, entretanto, verificou-se que na Estratégia 1.5 da Diretriz 1 do GT
de Perspectivas Conceituais, a definição de comunidade utilizada é diferente e,
inclusive, foi considerada limitada e inadequada.
- Desenho Universal:
OK!
- Educação Formal:
OK!
- Educação Museal:
O grupo concordou que a
definição não fica clara, e a necessidade desta estar bem completa e definida,
afinal se refere à base da política em questão. E fizemos o seguinte
questionamento: para quem é este documento? Quem vai ler? Importante ter claro
isso, para direcionarmos a escrita da melhor forma. O grupo não chegou a
redigir uma definição, mas apontou conceitos que devem permear o conceito de Educação Museal, são eles:
INTERDISCIPLINARIDADE – MULTIDISCIPLINARIDADE – TRANSDISCIPLINARIDADE e
TRANSVERSALIDADE.
Educação Não-Formal:
Está confuso! Apontamos a
retirada da parte que se refere a Educação Informal, que é diferente da
Educação Formal. Educação Informal é aquela que se tem no cotidiano, na rua, numa conversa informal, etc.
- Formação Integral:
OK!
- Função dos Museus:
O grupo após muita discussão,
acordou que o melhor era a retirada deste conceito e inserir estas informações
no próprio conceito de MUSEU dado adiante no Glossário, caso já não estivesse
completo.
- Mediação:
OK!
- Metodologia:
O grupo não compreendeu a
necessidade deste termo no glossário o DOCUMENTO de uma POLÍTICA NACIONAL DE
EDUCAÇÃO MUSEAL. Além do conceito não está definido satisfatoriamente.
- Missão Educativa:
O conceito não está em
definido e o grupo não teve acordo com a necessidade deste termo no Glossário.
Pois cada museu possui uma missão e mesmo aquilo que é comum da missão de todo
e qualquer museu, como a sua função social, deve constar na própria definição
de museu. Logo, missão educativa, função dos museus se tornam conceitos
desnecessários.
- Museus:
OK!
- Museu Integral:
O conceito está muito voltado
para quem é da área. Necessário tornar o conceito mais claro através de uma
linguagem mais acessível. Necessário incluir o conceito de MUSEALIZAÇÃO neste
Glossário.
- Museu Virtual:
DÚVIDA: Museu Virtual X
Cyber Museu – o museu virtual só é paralelo e complementar ao espaço
físico? E o museu que só existe virtualmente?
Além disso, o conceito
definido informa que o Museu Virtual privilegia a comunicação. E na verdade,
todo museu tem por objetivo a comunicação. O que museu virtual privilegia é a
COMUNICAÇÃO VIRTUAL.
- Parcerias:
Desnecessário conter no
Glossário. Existem termos que são comuns
de várias áreas. O grupo tem o entendimento de que neste Glossário deve constar apenas os termos específicos da
área, ou termos de outras áreas ou comuns, mas que estão sendo utilizados no
documento num sentido restrito.
OBS.: Se este termo foi
incluso no Glossário pelas discussões apontadas no GT 1, deveria conter o
conceito de COLABORAÇÃO também. Em nota de rodapé e não no Glossário. Necessário
inserir o conceito de AÇÕES MUSEOLÓGICAS.
- Patrimônio Integral:
O conceito está restrito ao
Patrimônio Musealizado, mas entendemos que o patrimônio Integral está para além
do patrimônio musealizado. Portanto, é necessário rever o conceito e em que
sentido ele está sendo empregado no decorrer do documento.
- Planejamento Partcipativo:
OK! Porém, deve-se deixar
claro SEMPRE a definição ampla dos conceitos e afirmar em que sentido RESTRITO
o conceito está sendo utilizado.
- Plano Museológico:
OK! Mas falta dizer se os 10
programas previstos no Estatuto são pré-requisitos para ser considerado um
Plano, ou se isto dependerá de cada museu. Necessário colocar mais referenciais
teóricos para compreensão desta ferramenta, principalmente, tendo em vista que
o documento não será visto apenas por quem é da área.
- Programa Educativo
Cultural:
A definião está além do que
define um PROGRAMA. Num programa não é necessário apresentar um cronograma de
execução, explicitando a metodologia adotada, descrição das ações planejadas,
etc. Esses itens devem constar nos projetos que compõem o Programa.
Desnecessário falar do PLANO, inclusive porque na própria definição de Plano
não cita a necessidade dos Programas.
- Projeto Educativo:
OK!
- Projeto Político
Pedagógico:
O grupo entende que este
item é desnecessário num museu, uma vez que já temos ferramentas próprias de
gestão e orientação educativa (O PLANO MUSEOLÓGICO composto, dentre outros, do
PROGRAMA EDUCATIVO CULTURAL). E se for inserido, deve estar descrito como uma
ferramenta da área da Educação que por muito tempo foi utilizado com parâmetro
para a área de museus, até formalizarmos uma ferramenta própria. Ou do
contrário, uma instituição cria vários documentos - ferramentas estratégicas de gestão e condução
dos trabalhos, porém com o mesmo teor, tornando-se repetitivas. Por isso
desnecessário.
- Público de Museus:
Desnecessário constar no
Glossário, pois mais uma vez, subentende- se do que se trata público de museus.
Além disso, a definição dada é excludente, imprópria para constar, ainda que
não seja no Glossário, em um documento da área. Afinal, Museu é para todos! E
não para um “conjunto de segmentos socioculturais formados por visitantes
potenciais dos museus, praticantes efetivos de sua frequentação, além dos
indivíduos que manifestam interesses e familiaridade a respeito das
instituições museais.”
- Sustentabilidade:
Sugestão de outro
referencial teórico para a definição de forma mais abrangente deste conceito.
Integrantes do grupo ficaram de levar a definição dada por outro autor com a
referência, que não foi lembrada no momento da reunião.
Após a discussão de todos os termos do
Glossários, algumas sugestões gerais foram dadas:
- Importante inserir a FONTE
de todos os conceitos.
- Inserir novos conceitos:
AÇÕES MUSEOLÓGICAS, MUSEALIZAÇÃO, PROCESSOS MUSEAIS, EDUCAÇÃO PATRIMONIAL, EDUCAÇÃO INTEGRAL ou EDUCAÃO INTEGRADA (?) e
EDUCAÇÃO.
- Retirada de termos do
Glossário, com a inserção de esclarecimento referente a alguma terminologia
utilizada no decorrer do Documento, quando necessário, em nota de rodapé
também.
OBS.: Foi observado que o
Glossário traz a definição de alguns termos, mas no próprio documento outras
definições para o mesmo termo são utilizadas. Inclusive, definições
divergentes. Importante o cuidado com isto!
Finalizado estas sugestões,
iniciamos a discussão conjunta do GT 1 PERSPECTIVAS CONCEITUAIS.
Dentre as Propostas
Preliminares apresentadas pelo GT, foram identificados e questionados os
seguintes pontos:
-
A proposta
“2.
Fomentar ações educativas, a partir do conceito de patrimônio integral,
voltadas para a promoção da cidadania e ação social;”
É
muito ampla, não se restringe a educação museal!
-Com
relação a proposta
“3.
Assegurar que os museus e espaços de memória sejam importantes ferramentas de
educação, e que por meio de ações transversais colaborem para o desenvolvimento
cultural, social e econômico, regional e local.”
Questionamos se “assegurar” seria um verbo
pertinente neste caso. Como assegurar?
De
modo geral, houve a compreensão de que este GT deveria tratar das CONCEPÇÕES
ADOTADAS para o DOCUMENTO. Não seria necessário retirar diretriz, estratégia e
ações.
Inclusive,
várias diretrizes, estratégias e ações listadas por este GT não condizem com o
que deveria constar numa diretriz, ou numa estratégia ou numa ação. Estas
delimitações foram dadas no próprio documento.
Outra questão apontada é que
o GT indica alguns pontos que foram levantados nas discussões anteriores, mas não indica o que foi adotado. Ex: Indica
que houve discussões acerca de “Educação Museal ou Educação Patrimonial em
Museus?”, mas não informa o que foi sintetizado após as discussões realizadas.
As sínteses destas discussões deveriam constar no documento para a compreensão
do leitor.
Por fim, demos por encerrada
a discussão devido a chegada do horário determinado. Antes, encaminhamos que todos poderiam
encaminhar as considerações a cada ponto que houvesse uma reflexão do documento
para o e-mail da REM/Ba, para o FACEBOOK da REM/Ba ou para o Blog. A Rem/BA
tentará abrir pontos de discussão no blog, mas isso ainda não está certo, pois
dentre os membros, não contamos com alguém com habilidade nesta área.
Contatos da REM/Ba:
E-mail: rem.bahia2010@gmail.com
A Rede se comprometeu a
compilar todas as sugestões que receber via e-mail até o dia 28 de abril para
apresentar no próximo encontro da Rede, a ser realizado no Museu Eugênio
Teixeira Leal, Centro Histórico, em que contaremos com a presença da
responsável pela articulação do PNEM na Bahia, Katia Frecheiras, coordenadora
do GT de FORMAÇÃO, QUALIFICAÇÃO E CAPACITAÇÃO do PNEM.
Todos foram convocados para
este próximo encontro e para a divulgação da discussão deste Documento!
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