quinta-feira, 3 de abril de 2014

Contribuições da Bahia... até então.

Esse post será longo, mas vale a pena ler até o final.

Como dito anteriormente, na última segunda feira, o LabDimus abriu a portas para receber educadores em museus da Bahia interessados em discutir o Documento Preliminar do PNEM. A seguir, segue a relatoria do encontro com as discussões feitas. Dúvidas, questionamentos, sugestões estão presentes nesse relato.

Lembrando que você também pode contribuir. Acesso o documento (Documento Preliminar), leia, envie suas dúvidas e questões por email, pelo blog ou pelo Facebook. E não esqueça que no dia 28/04, às 9h, temos um encontro marcado no Museu Eugênio Teixeira Leal.

REM/BA discute PNEM
LOCAL: LABDIMUS – Casa 39, subsolo, Praça das Artes, Centro Histórico – Salvador/BA
DATA: 31 de março de 2014 – das 9h ás 17h.

RELATO DO ENCONTRO:
Iniciamos o encontro dando sequência as seguintes atividades:
- Apresentação da Rede de Educadores em Museus da Bahia, convidando os presentes não membros a se juntarem a Rede;
- Apresentação da metodologia proposta para discussão do PNEM neste dia. Pretendíamos fazer a leitura conjunta da apresentação do Documento Preliminar, do texto de apoio de Luciana Martins, do Glossário e do primeiro GT, após este momento, dividíramos em grupos para discussão dos demais GT’s de acordo com o número de presentes. Pelo pouco número de participantes, seguimos o dia de forma conjunta.
- Após a leitura da Apresentação e do Texto de Apoio, tivemos acordo que o mais adequado para este momento era a criação de uma POLÍTICA. Depois nos detivemos à discussão de termo por termo do Glossário, uma vez que, na apresentação foi deixado claro que estes foram os principais termos propostos no fórum de discussão virtual e destacados para melhor compreensão do documento.
Segue abaixo os apontamentos feitos, item por item do Glossário:
- Acessibilidade Física:
DÚVIDA: o que pode-se entender por equipamento urbano?

- Acessibilidade Universal:
OK! Iniciamos algumas discussões, mas preferimos adiar as propostas levantadas para o GT específico de Acessibilidade.

- Ação Educativa:
OK! A ser complementado com exemplos de atividades educativas.

- Atividade Educativa:
 Causou polêmica, pelo entendimento e discernimento entre “ação educativa” e “atividade educativa”. Por fim, o grupo propôs a retirada do conceito de atividade educativa do Glossário e a inserção no conceito de “Ação Educativa”, como exemplificação.  Complementando o conceito anterior, seguiria após o fragmento do texto de Maria Célia Santos:
“A ação educativa é realizada por meio de atividades socioculturais e educativas que podem ser através de projetos, ações continuadas, esporádicas, realizadas por meio de demandas e de forma pontual.”

- Audiodescrição:
OK!

- Barreiras Atitudinais:
OK!

- Comunidade:
O grupo acordou que a definição de comunidade utilizada no glossário satisfaz o entendimento dos presentes, entretanto, verificou-se que na Estratégia 1.5 da Diretriz 1 do GT de Perspectivas Conceituais, a definição de comunidade utilizada é diferente e, inclusive, foi considerada limitada e inadequada.

- Desenho Universal:
OK!

- Educação Formal:
OK!

- Educação Museal:
O grupo concordou que a definição não fica clara, e a necessidade desta estar bem completa e definida, afinal se refere à base da política em questão. E fizemos o seguinte questionamento: para quem é este documento? Quem vai ler? Importante ter claro isso, para direcionarmos a escrita da melhor forma. O grupo não chegou a redigir uma definição, mas apontou conceitos que devem permear  o conceito de Educação Museal, são eles: INTERDISCIPLINARIDADE – MULTIDISCIPLINARIDADE – TRANSDISCIPLINARIDADE e TRANSVERSALIDADE.


 Educação Não-Formal:
Está confuso! Apontamos a retirada da parte que se refere a Educação Informal, que é diferente da Educação Formal. Educação Informal é aquela que se tem no cotidiano,  na rua, numa conversa informal, etc.

- Formação Integral:
OK!

- Função dos Museus:
O grupo após muita discussão, acordou que o melhor era a retirada deste conceito e inserir estas informações no próprio conceito de MUSEU dado adiante no Glossário, caso já não estivesse completo.

- Mediação:
OK!

- Metodologia:
O grupo não compreendeu a necessidade deste termo no glossário o DOCUMENTO de uma POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO MUSEAL. Além do conceito não está definido satisfatoriamente.

- Missão Educativa:
O conceito não está em definido e o grupo não teve acordo com a necessidade deste termo no Glossário. Pois cada museu possui uma missão e mesmo aquilo que é comum da missão de todo e qualquer museu, como a sua função social, deve constar na própria definição de museu. Logo, missão educativa, função dos museus se tornam conceitos desnecessários.

- Museus:
OK!

- Museu Integral:
O conceito está muito voltado para quem é da área. Necessário tornar o conceito mais claro através de uma linguagem mais acessível. Necessário incluir o conceito de MUSEALIZAÇÃO neste Glossário.

- Museu Virtual:
DÚVIDA: Museu Virtual  X  Cyber Museu – o museu virtual só é paralelo e complementar ao espaço físico? E o museu que só existe virtualmente?
Além disso, o conceito definido informa que o Museu Virtual privilegia a comunicação. E na verdade, todo museu tem por objetivo a comunicação. O que museu virtual privilegia é a COMUNICAÇÃO VIRTUAL.

- Parcerias:
Desnecessário conter no Glossário.  Existem termos que são comuns de várias áreas. O grupo tem o entendimento de que neste Glossário  deve constar apenas os termos específicos da área, ou termos de outras áreas ou comuns, mas que estão sendo utilizados no documento num sentido restrito.
OBS.: Se este termo foi incluso no Glossário pelas discussões apontadas no GT 1, deveria conter o conceito de COLABORAÇÃO também. Em nota de rodapé e não no Glossário. Necessário inserir o conceito de AÇÕES MUSEOLÓGICAS.

- Patrimônio Integral:
O conceito está restrito ao Patrimônio Musealizado, mas entendemos que o patrimônio Integral está para além do patrimônio musealizado. Portanto, é necessário rever o conceito e em que sentido ele está sendo empregado no decorrer do documento.

- Planejamento Partcipativo:
OK! Porém, deve-se deixar claro SEMPRE a definição ampla dos conceitos e afirmar em que sentido RESTRITO o conceito está sendo utilizado.

- Plano Museológico:
OK! Mas falta dizer se os 10 programas previstos no Estatuto são pré-requisitos para ser considerado um Plano, ou se isto dependerá de cada museu. Necessário colocar mais referenciais teóricos para compreensão desta ferramenta, principalmente, tendo em vista que o documento não será visto apenas por quem é da área.

- Programa Educativo Cultural:
A definião está além do que define um PROGRAMA. Num programa não é necessário apresentar um cronograma de execução, explicitando a metodologia adotada, descrição das ações planejadas, etc. Esses itens devem constar nos projetos que compõem o Programa. Desnecessário falar do PLANO, inclusive porque na própria definição de Plano não cita a necessidade dos Programas.

- Projeto Educativo:
OK!

- Projeto Político Pedagógico:
O grupo entende que este item é desnecessário num museu, uma vez que já temos ferramentas próprias de gestão e orientação educativa (O PLANO MUSEOLÓGICO composto, dentre outros, do PROGRAMA EDUCATIVO CULTURAL). E se for inserido, deve estar descrito como uma ferramenta da área da Educação que por muito tempo foi utilizado com parâmetro para a área de museus, até formalizarmos uma ferramenta própria. Ou do contrário, uma instituição cria vários documentos  - ferramentas estratégicas de gestão e condução dos trabalhos, porém com o mesmo teor, tornando-se repetitivas. Por isso desnecessário.

- Público de Museus:
Desnecessário constar no Glossário, pois mais uma vez, subentende- se do que se trata público de museus. Além disso, a definição dada é excludente, imprópria para constar, ainda que não seja no Glossário, em um documento da área. Afinal, Museu é para todos! E não para um “conjunto de segmentos socioculturais formados por visitantes potenciais dos museus, praticantes efetivos de sua frequentação, além dos indivíduos que manifestam interesses e familiaridade a respeito das instituições museais.”

- Sustentabilidade:
Sugestão de outro referencial teórico para a definição de forma mais abrangente deste conceito. Integrantes do grupo ficaram de levar a definição dada por outro autor com a referência, que não foi lembrada no momento da reunião.

 Após a discussão de todos os termos do Glossários, algumas sugestões gerais foram dadas:
- Importante inserir a FONTE de todos os conceitos.
- Inserir novos conceitos: AÇÕES MUSEOLÓGICAS, MUSEALIZAÇÃO, PROCESSOS MUSEAIS, EDUCAÇÃO PATRIMONIAL,  EDUCAÇÃO INTEGRAL ou EDUCAÃO INTEGRADA (?) e EDUCAÇÃO.
- Retirada de termos do Glossário, com a inserção de esclarecimento referente a alguma terminologia utilizada no decorrer do Documento, quando necessário, em nota de rodapé também.


OBS.: Foi observado que o Glossário traz a definição de alguns termos, mas no próprio documento outras definições para o mesmo termo são utilizadas. Inclusive, definições divergentes. Importante o cuidado com isto!
Finalizado estas sugestões, iniciamos a discussão conjunta do GT 1 PERSPECTIVAS CONCEITUAIS.
Dentre as Propostas Preliminares apresentadas pelo GT, foram identificados e questionados os seguintes pontos:
- A proposta
“2. Fomentar ações educativas, a partir do conceito de patrimônio integral, voltadas para a promoção da cidadania e ação social;”
É muito ampla, não se restringe a educação museal!

-Com relação a proposta
“3. Assegurar que os museus e espaços de memória sejam importantes ferramentas de educação, e que por meio de ações transversais colaborem para o desenvolvimento cultural, social e econômico, regional e local.”
 Questionamos se “assegurar” seria um verbo pertinente neste caso. Como assegurar?

De modo geral, houve a compreensão de que este GT deveria tratar das CONCEPÇÕES ADOTADAS para o DOCUMENTO. Não seria necessário retirar diretriz, estratégia e ações.
Inclusive, várias diretrizes, estratégias e ações listadas por este GT não condizem com o que deveria constar numa diretriz, ou numa estratégia ou numa ação. Estas delimitações foram dadas no próprio documento.

Outra questão apontada é que o GT indica alguns pontos que foram levantados nas discussões anteriores,  mas não indica o que foi adotado. Ex: Indica que houve discussões acerca de “Educação Museal ou Educação Patrimonial em Museus?”, mas não informa o que foi sintetizado após as discussões realizadas. As sínteses destas discussões deveriam constar no documento para a compreensão do leitor.
Por fim, demos por encerrada a discussão devido a chegada do horário determinado.  Antes, encaminhamos que todos poderiam encaminhar as considerações a cada ponto que houvesse uma reflexão do documento para o e-mail da REM/Ba, para o FACEBOOK da REM/Ba ou para o Blog. A Rem/BA tentará abrir pontos de discussão no blog, mas isso ainda não está certo, pois dentre os membros, não contamos com alguém com habilidade nesta área.


Contatos da REM/Ba:
A Rede se comprometeu a compilar todas as sugestões que receber via e-mail até o dia 28 de abril para apresentar no próximo encontro da Rede, a ser realizado no Museu Eugênio Teixeira Leal, Centro Histórico, em que contaremos com a presença da responsável pela articulação do PNEM na Bahia, Katia Frecheiras, coordenadora do GT de FORMAÇÃO, QUALIFICAÇÃO E CAPACITAÇÃO do PNEM.

Todos foram convocados para este próximo encontro e para a divulgação da discussão deste Documento!

Nenhum comentário:

Postar um comentário